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Novas regras da UE: OIC, Brasil e rastreabilidade

Durante o Summit Empreendedoras do Café 2023, realizado de forma online, Vanúsia Nogueira, que está há um ano na liderança da Organização Internacional do Café (OIC), abordou os principais desafios enfrentados pela cadeia mundial do café. Em sua participação, ela destacou as novas regras de importação da União Europeia e as preocupações em relação a uma possível recessão na Europa.

Vanúsia ressaltou a complexidade do processo diante dos enormes desafios enfrentados, principalmente devido à recessão e ao medo gerado pela inflação de dois dígitos. Ela observou que a Europa não está familiarizada com essa situação e que, consequentemente, o setor do café também é afetado. Porém, ela também mencionou que os cafés do Brasil têm sido reconhecidos e ganhado destaque em Londres, onde a sede da OIC está localizada.

A executiva expressou suas preocupações em relação às novas regras de importação da União Europeia, destacando a pauta de sustentabilidade ligada à agricultura e questionando como lidar com as regulamentações vindas da Europa, assim como outras regulamentações que afetam as commodities.

Ela enfatizou a importância de compreender as novas regras e garantir que todas as exigências sejam explicadas aos países compradores. Segundo Vanúsia, esses grupos são mais teóricos e desconhecem a realidade prática. Portanto, o trabalho atual é analisar o que está sendo proposto nas regulamentações e abordar a questão de forma diplomática, destacando a grande distância entre o que está sendo proposto e a realidade.

Outro ponto relevante mencionado pela representante da maior organização de café do mundo é que a Europa reconhece a dependência do café e que, para ter acesso a esse produto, precisa do Brasil e de outras origens. Vanúsia destacou a importância de estabelecer mecanismos de rastreabilidade de forma geral, buscando validar essas medidas o mais rápido possível.

Ela também comentou que ainda não está clara quais serão as exigências específicas, mas ressaltou que o Brasil tem trabalhado para comprovar que não há problemas de desmatamento nas áreas de café. Além disso, destacou a necessidade de o Brasil lidar com transparência nas questões de direitos humanos, apresentando as informações com o nível de seriedade exigido, considerando a legislação brasileira rigorosa nesse aspecto.

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